(Foto: Ativa FM)
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) encerrou, na semana passada, a investigação de óbito de um idoso de 62 anos causado por coinfecção de dengue e leptospirose. Com a infecção simultânea dos microrganismos, sobe para três o número de mortes por dengue e para duas por leptospirose no município. O dado faz parte da atualização da última Semana Epidemiologia de 2024 para dengue e outras arboviroses, divulgada nesta segunda-feira (3).
O paciente, que morava em Travessão, deu entrada no Hospital Geral de Guarus (HGG) no dia oito de maio, chegando a ficar internado na Unidade de Pacientes Graves (UPG), mas com a evolução do quadro de saúde, foi a óbito no dia 13. Ele tinha comorbidade.
A investigação do óbito foi realizada pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS) juntamente com a Comissão do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), da Secretaria de Estado de Saúde (SES/RJ).
“Exames do paciente realizados em Campos e no Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen/RJ) tiveram resultados positivos para a coinfecção. O procedimento de investigação foi enviado à Comissão de Verificação de Óbito e concluído somente na terça-feira”, explica a assessora chefe da Vigilância Epidemiológica, Sílvia Martins.
Em epidemia por dengue desde 1º de março, Campos já tinha confirmado a morte de uma gestante de 25 anos, registrada em 2 de abril, e de um idoso de 64 anos, em 16 de março, em decorrência da dengue. Eles moravam respectivamente no Parque Guarus e Donana. A doença é transmitida pela picada do mosquito fêmea da espécie Aedes aegypti, assim como a chikungunya, que também causou o óbito de um idoso de 72 anos, em 19 de março, morador de Tocos, na Baixada Campista.
Já a leptospirose, que assim como a dengue é uma doença infecciosa febril aguda, é transmitida pela exposição direta ou indireta à urina, principalmente ratos infectados com a bactéria Leptospira. Além do paciente de 62 anos da coinfecção, teve o óbito de um jovem de 22 anos, que morava em Campelo. Ele também chegou a ser internado por um dia no HGG, mas morreu no dia 21 de abril.
SEMANA EPIDEMIOLÓGICA —Entre a 1ª e 22ª Semana Epidemiológica foram registradas 14.178 notificações para dengue e 798 para chikungunya. A estratificação mensal ficou assim: maio soma 2.204; abril, 3.437; março 4.506; fevereiro 3.166; e janeiro com 865. Já de chikungunya, em maio foram 232; abril 287; março 155; fevereiro 67, e janeiro 48.
A próxima reunião do Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses será nesta quarta-feira (5).
INVESTIGAÇÃO – Também está em investigação por suspeita de leptospirose, o óbito de um homem de 34 anos, morador de Tocos, com registro de internação no Hospital São José (HSJ). Não há óbito com suspeita de dengue no momento.
Desde o início da gestão, o município vem implementando ações preventivas, educativas e de combate aos vetores de doenças como dengue, chikungunya, leptospirose, febre maculosa e outros agravos à saúde da população. Entre eles está a capacitação dos profissionais de saúde e descentralização do atendimento para melhor acolher e tratar esses pacientes.
Já na área de educação em saúde, prevenção e combate ao vetor, além do trabalho diário realizado juntos aos domicílios, também tem sido realizada ações integradas, como mutirões de limpeza e conscientização da população. Também está em andamento o Processo Seletivo Simplificado para contratação imediata de 141 novos Agentes de Combate à Endemias (ACEs) que irão fortalecer o trabalho do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Fonte: Ascom